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quarta-feira, 6 de abril de 2016

A Evolução da Civilização e o Céu Noturno

Como é maravilhosa a capacidade do ser humano de criar figuras no céu noturno desde os primórdios da humanidade, desde que engatinhávamos como civilização, o céu estava ali como um calendário, mapa, um jornal informativo, a internet da antiguidade, todas as informações estavam ali, nós conseguimos estudá-las e compreendê-las, e isso teve uma parcela significativa na nossa evolução como civilização. Tudo mudou a partir do momento que olhamos para cima.

Monolítico Stonehenge
Os humanos daquela época puderam perceber que o céu avisava quando o frio estava chegando, quando o calor estava chegando, o céu, ainda, indicava algumas direções, as estrelas eram pontos de referencia, você nunca mais se perderia, bastava segui-las para não se perder.

Entender as estações do ano foi crucial para as plantações, o trigo já não morria mais com o frio, a colheita era feita no tempo certo, não havia mais fome para uma cultura que seguia as estações.

E isso só fez o fascínio pelo céu aumentar, instrumentos foram criados para facilitar e dar mais precisão, templos enormes foram criados, planetários da antiguidade, feitos com uma perfeição invejável. Nossos engenheiros de hoje em dia ficam pasmos, como uma civilização antiga conseguia tal perfeição em suas construções. Não sabemos, a perspicácia humana não pode ser subestimada.

Representação de Órion, o Caçador
Diversas constelações surgiram, entre elas, a constelação de Órion, o caçador. Essa constelação tem um significado pessoal para mim, mas além de tudo, ela abriga um berço de estrelas, a Nebulosa de Órion. Entraremos nesse assunto mais detalhadamente em breve. Mas, com certeza, sua mãe ou avó já te falou sobre as “três marias”, não? Pois é, elas são o Cinturão de Órion, porém tem esse nome popular no Brasil, mas o nome correto delas são: Alnitak (estrela dupla), Alnilam (Variável Pulsante) e Mintaka (estrela dupla).

Cada constelação tem um significado, cada uma delas tem uma figura que as representa, o céu noturno é cheio de histórias e mistérios, é um grande encontro cósmico de guerreiros, animais terrestres, aves, e tudo isso feito por nossos antepassados, o céu foi desenhado por astrônomos que já eram astrônomos mesmo sem existir a astronomia propriamente dita, a curiosidade e o encanto os levaram a isso.

Enfim, um pequeno texto para fazer você refletir sobre o céu e sua importância. Sobre o fascínio que ele sempre despertou em todos nós. Ainda vamos falar sobre algumas estruturas antigas, outras constelações, povos antigos e muitas outras coisas! 

domingo, 3 de abril de 2016

O que é uma SUPERNOVA

Supernova fotografada pelo Telescópio Hubble, da NASA
Uma Supernova é, basicamente, o colapso de uma estrela de grande massa, é uma explosão colossal e magnifica, talvez seja uma das coisas mais lindas de se ver no Universo.

Como nós, as estrelas nascem, vivem e perecem, e não há final mais lindo para uma estrela do que uma Supernova. Vou tentar resumir e explicar com uma linguagem simples. Lembrando que essa é minha visão com base nas pesquisas que faço, se a sua for diferente, comente e vamos discutir, num bom sentido, esse tema.

Todos sabemos que as estrelas brilham, diferentemente dos planetas que só refletem sua luz, porém o brilho de uma estrela jovem ou de meia idade nem se compara ao brilho de uma Supernova, se tivéssemos uma estrela morrendo na via láctea, e essa estrela se tornasse uma supernova, sim, porque nem toda estrela se torna uma Supernova, tudo depende de sua massa, seu brilho seria mais forte do que todas as outras estrelas da galaxia juntas. Pegue todas as estrelas da Via Láctea, são mais de 200 bilhões de estrelas, o brilho de uma supernova seria superior.

As estrelas são compostas, dentre outros elementos, de hélio e hidrogênio, esses elementos são consumidos em fusões nucleares no núcleo da estrela durante sua vida, é seu combustível, uma estrela é uma grande fornalha nuclear, tudo o que você vê em uma estrela é resultado dessas fusões, e quando o Hélio está se esgotando, a estrela começa a transformá-lo em carbono, que por sua vez, através da fusão nuclear, em estrelas de grande massa, isto é, aquelas que vão se tornar uma Supernova, esses elementos se tornam enxofre e ferro. Uma estrela com a massa do nosso sol, por exemplo, não é capaz de chegar a esse estágio, por isso terá uma morte diferente, ela crescera e engolira diversos planetas, incluindo a terra, mas esse é um assunto pra outro momento.

Representação Artística de uma Estrela de Neutrôns
Quando o núcleo de uma estrela é fundido em ferro há um colapso, sua gravidade começa a cair sobre si mesmo e uma explosão acontece, seu núcleo é mandado para o espaço em uma explosão violenta

O que sobra dessa explosão é um pulsar, uma estrela de nêutrons muito pequena e densa, um balde cheio de sua matéria pesaria tanto quanto o Everest, seu campo gravitacional pode ser até 1 bilhão de vezes mais forte que o da terra. Hoje, o que podemos ver são resquícios de Supernovas, sejam nuvens de gases ou os próprios pulsares, eles levam esse nome, pois pulsam perfeitamente, e quando foram descobertos os astrônomos pensaram que era uma especie de farol intergalático para guiar naves. 

Supernovas são raras, pois a vida de uma estrela se resume a bilhões de anos, e nós mal vivemos um século, por isso, é difícil presenciar esse evento exclusivo e fantástico. Só nos resta olhar para o passado, lá podemos ver o quão magnifico é o Universo, e fica o lembrete de que nada é para sempre, uma Supernova foi uma estrela grande e brilhante que pereceu. Nós somos muito pequenos em relação a tudo isso, mas somos curiosos e temos explorado bravamente o Universo, e é só o inicio.